OGMO/Paranaguá - 25 anos

OGMO/Paranaguá - 25 anos

1º Conselho Diretor do OGMO foi homenageado durante Evento 25 anos

Cumprindo um papel de extrema relevância para a atividade portuária, o Órgão Gestor de Mão de Obra (OGMO) é o principal elo entre o operador portuário e o trabalhador portuário avulso. Em Paranaguá, a entidade completou 25 anos de existência, com a realização de eventos em reconhecimento aos colaboradores internos e à comunidade portuária, promovendo o I Seminário sobre Trabalho Portuário. O principal motivo para as comemorações foi relembrar os desafios enfrentados pelo OGMO, há 25 anos, e homenagear aqueles que, com muita coragem, dedicação e comprometimento, superaram estes desafios e fundaram a entidade em Paranaguá. No início, houve muita resistência em razão de ser uma figura absolutamente desconhecida, criada por meio da Lei 8.630/93, a chamada Lei de Modernização dos Portos, explica a Diretora-executiva da instituição, Shana Carolina Colaço Vaz Bertol.

Para comemorar esta data, o primeiro evento foi voltado aos colaboradores do Órgão Gestor, cerca de 50 trabalhadores, que participaram de um jantar no Carmello Gastrobar, no dia 11 de outubro, com homenagens prestadas àqueles que caminham com o OGMO/Paranaguá há mais de 15 anos.

Resistência ao 1º Conselho de Diretores

O I Seminário sobre Trabalho Portuário aconteceu na quinta-feira (17) e debateu, especialmente, sobre os desafios enfrentados e as conquistas do OGMO, além da importância da entidade para o trabalho portuário na perspectiva do operador. Outros temas, como as perspectivas para a entidade frente a um cenário econômico mundial e a importância do Porto e do Órgão Gestor para a cidade de Paranaguá, também foram discutidos. Foi convidado para palestrar o Gerente Operacional da instituição em Paranaguá, Manoel Rubens Magalhães Filho; o Diretor-executivo do OGMO de Santos, Evandro Schmidt Pause; o Gerente de Operações da Rocha Terminais, Hemerson Costa; a Gerente de Recursos Humanos do Terminal de Contêineres de Paranaguá (TCP), Thais Marques; o Sócio da Valuup Consultoria e Doutor em Desenvolvimento Econômico pela Universidade Federal do Paraná, Lucas Lautert Dezordi; e o Diretor de Relações Institucionais do TCP, Juarez Moraes e Silva.

No seminário, houve o reconhecimento e o agradecimento por parte da atual diretoria ao primeiro Conselho de Diretores da instituição, que constituiu e criou a entidade em janeiro de 1994.  São eles: João Gilberto Cominese Freire; João Ivano Marson; Elenilson da Silva Souza; Albano Simões Pinto; José Humberto de Almeida Correia; e Antônio Celso da Silva. Inicialmente, o primeiro Conselho de Diretores enfrentou muita resistência do setor portuário para constituir uma entidade criada por intermédio da Lei de Modernização dos Portos, principalmente dos trabalhadores portuários avulsos que entendiam que o OGMO lhes retiraria a força de trabalho e a remuneração. Hoje, a instituição é reconhecida e valorizada tanto por operadores portuários quanto por trabalhadores, pois presta serviços que promovem a segurança e o bem-estar dos operadores portuários e dos trabalhadores portuários avulsos, apoiando o desenvolvimento na área portuária com qualidade e segurança, assegurando as melhores práticas, diz Shana.

A nova Lei dos Portos nº. 12.815/2013 define que o OGMO tem como principais atribuições: administrar o fornecimento da mão de obra ao trabalhador portuário e ao trabalhador portuário avulso; treinar e habilitar profissionalmente o trabalhador portuário; selecionar e registrar o trabalhador portuário avulso e expedir os documentos de identificação do trabalhador portuário; e aplicar penalidades ao trabalhador portuário, quando couber.

O I Seminário contou com a presença de Operadores Portuários, sindicatos de trabalhadores portuários avulsos, Sindicato dos Operadores Portuários do Estado do Paraná (Sindop), Sindicato dos Operadores Portuários de Santos/SP, OGMO de Santos, de São Francisco do Sul, de Rio Grande, do Rio de Janeiro e de Porto Alegre, bem como demais profissionais ligados ao setor portuário, como advogados, economistas, contadores, dentre outros.
 

Novos desafios 

Segundo a Diretora-executiva, passadas mais de duas décadas, o desafio da instituição é se remodelar, tornando o serviço do OGMO 100% Digital, ampliando o treinamento e a capacitação do trabalhador portuário e portuário avulso, com o objetivo de se tornar referência nacional na gestão dos serviços portuários, por meio de práticas inovadoras.

A categoria de trabalhadores portuários avulsos, os tpas, é a que reúne o maior número de trabalhadores do Porto. Ela informa que são 2.387 ativos e, todos os dias, 880 deles são escalados para operações no cais. Eles são contratados para um período de seis horas, conforme requisição feita pelo operador portuário ao OGMO, o qual utiliza uma escala eletrônica para determinar as jornadas de trabalho, obedecendo aos critérios de qualificação profissional, oferecidos também, pela instituição.

São seis as atividades classificadas para atuação dos trabalhadores: estivadores, arrumadores, trabalhadores do bloco, conferentes de carga, consertadores e vigias de embarcações.

Fonte: jblitoral.com.br

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